quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Governo Dilma descumpre acordo com o Vaticano


A Folha de São Paulo noticiou que a TV Brasil suspenderá a partir de setembro exibição de programas religiosos. No domingo passado, após a transmissão da celebração da Santa Missa, celebrada pelo arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, o padre Dionel Amaral - diretor do programa "Palavras da Vida", que também será suspenso - pediu aos fiéis que enviassem cartas e e-mails à presidente Dilma Rouseff para se manifestarem contra a decisão. Segundo diretores da TV Brasil - a TV do governo que quase ninguém assiste - após um amplo debate resolveram retirar do ar os programas religiosos (missa e programas evangélicos). Para os diretores, faz-se necessário um programa que valoriza a diversidade religiosa. O que isso quer dizer? Provavelmente será permitido dar enfoque às religiões afro, islamismo, ateísmo, hinduísmo, etc. mas em hipótese alguma dar liberdade ao cristianismo. Isto é ou não é perseguição religiosa? Tal decisão dos aliados do governo Dilma fere o acordo entre o Brasil e o Vaticano que dá à Igreja a possibilidade de levar a mensagem cristã àqueles que não podem sair de casa. Ademais, o que estamos vendo - como diz Padre Paulo Ricardo Azevedo Júnior - é uma perseguição religiosa no Brasil de forma velada, sutil. Querem dar espaço para todos na sociedade, desde que este "todos" não sejam os católicos ou protestantes que se opõem à revolução cultural que o PT está fazendo. Só permitem falar na mídia "deles" quem está de acordo com o pensamento revolucionário.

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Fonte:

http://catolicosconservadores.wordpress.com/2011/09/20/governo-dilma-descumpre-acordo-com-o-vaticano/
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Disciplina vence!necessitamos de disciplina !!

Disciplina já!!!
20 de setembro de 2011Blog:Brasil acima de tudo
“A única escola pública comum (nem técnica, nem militar, nem federal) a aparecer entre as 50 melhores do país é a Escola Municipal Castro Alves, de Posse, em Goiás"
 

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio comprovam – aluno disciplinado consegue vencer até a imbecilizante ideologia do MEC e das universidades

Por José Maria e Silva (*)

Criado em 1998, durante a gestão do tucano Paulo Re­nato de Souza no Ministério da Educação, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi e continua sendo objeto de muitas críticas. A exemplo dos demais indicadores da educação, ele também não é visto como um metro confiável. Questiona-se sobretudo a sua capacidade de medir a qualidade das escolas, uma vez que seu objetivo é avaliar alunos. Mas, agora que saiu o resultado das médias obtidas pelas escolas brasileiras nas provas do Enem de 2010, a imprensa repete a mesma pauta de sempre – transforma o Enem numa listagem de escolas, em que as particulares sempre ganham das públicas. Obviamente.

Em Goiás, entre as 40 melhores escolas com participação de mais de 75% no Enem, apenas uma é pública – o Colégio Municipal Castro Alves, de Posse, que ficou em 11º lugar, com a média de 654,79 pontos. No Enem de 2009, segundo reportagem do jornal “O Popular” (edição de segunda-feira, 12), nenhuma escola pública goiana ficou entre as 20 melhores. E, a se crer em reportagem do Portal G1 (do mesmo dia), o feito da escola de Posse é quase um milagre. A escola, segundo seu diretor, não recebe os devidos investimentos do poder público e — que não nos ouça o Ministério Público — é salva pela ajuda financeira de sua associação de pais e mestres.

Diz a reportagem do G1, assinada por Humberta Carvalho, que a Escola Castro Alves tem 510 alunos e 30 alunos por sala. O laboratório de ciências está sucateado e o de informática só tem dez computadores. A área de lazer, segundo o diretor Luiz Bezerra da Costa Neto, “também deixa muito a desejar”. E, para completar as carências, os alunos do ensino médio, que fizeram a prova do Enem, têm aulas à noite. Mesmo assim, a escola municipal de Posse – que honra o nome de Castro Alves – obteve 591,33 pontos em linguagens; 613 em matemática; 635,72 em ciências humanas e 570,65 em ciências da natureza. Ficou com 602,67 pontos nas provas objetivas e 709 na redação, o que deu a média total de 654,79.
Abençoada carência
A universidade brasileira, em vez de ficar dizendo que não se pode comparar escolas com base no Enem, devia analisar casos do gênero com mais profundidade, pois é temerário para um indivíduo sozinho tentar fazê-lo. Isso é sempre trabalho para instituições. Mas arrisco-me a propor alguns pontos de reflexão, começando pela suposta carência dessa escola. Não está aí parte do segredo de seu sucesso? Se ela tivesse mais área de lazer não teria também mais vadiagem? Aposto que sim. Quadra de esporte em escola, por exemplo, além de local para o aluno fugir do estudo sério, costuma ser um celeiro de brigas por causa do futebol. A área de lazer, dependendo da localização da escola, pode virar boca de fumo.

E o que dizer do laboratório de informática com seus dez computadores para 510 alunos? Uma benção! – eu diria, parodiando os evangélicos pentecostais que transformam até terremoto em graça divina. Torço para que a Escola Municipal Castro Alves continue com esses dez computadores e, sobretudo, faço votos para que eles não tenham banda larga. Hoje, nas empresas, vejo mães e pais de família arriscando o próprio pão dos filhos por não conseguirem ficar longe das redes sociais nem no seu horário de trabalho. Mesmo assim, as nossas universidades panglossianas insistem em defender que o computador seja introduzido na vida das crianças desde o berço.

Pretendo escrever um artigo exclusivamente sobre este assunto, mas adianto que sou contra computador em escola. E digo isso com a autoridade de quem foi um dos primeiros jornalistas goianos a usar computador. Eu me informatizei antes mesmo que as próprias redações dos jornais goianos se informatizassem. Sou do tempo do paquidérmico PC-XT e da pré-histórica BBS (Bulletin Board System), avó da banda larga e mãe da internet discada. Passo boa parte do tempo em que estou acordado na frente da tela do computador, mas vejo os estragos que essa ferramenta pode causar na vida das pessoas. O computador é meu servo, mas, para a maioria das pessoas, tornou-se amo. E estou falando de adultos; o que dizer, então, de crianças e adolescentes?

Se a Escola Municipal Castro Alves tivesse um grande laboratório de informática, com mais computadores, é quase certo que professores e pais perderiam o controle dos alunos e o resultado da escola no Enem seria outro. Nas entrevistas concedidas pelo diretor da escola municipal de Posse, ele enfatizou que a participação das famílias foi fundamental para o sucesso do estabelecimento. Duvido que isso fosse possível caso a escola tivesse o perfil idealizado pelas universidades, em que o computador é ferramenta central no ensino. Computador em escola serve quase tão somente para o aluno viciar-se em Facebook, Orkut, MSN e outras famigeradas redes sociais, afastando-se de pais e mestres e isolando-se no mundo das fofocas e transgressões de suas tribos físicas e virtuais.
Disciplina

Essa afirmação pode causar estranhamento, mas uma leitura mais rigorosa dos resultados do Enem mostra que minha hipótese é plausível. Em recente artigo sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), escrevi que um fator determinante para o aprendizado do aluno é a disciplina. Nos resultados do Enem, isso fica evidente. Em Goiás, depois da escola municipal de Posse e do Colégio de Aplicação da UFG (hoje Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada ao Ensino), os quatro melhores estabelecimentos públicos que vêm a seguir são todos colégios militares. E sabe-se que, nesses colégios, a disciplina é bem mais rígida do que nas demais escolas da rede pública de ensino.

Quando se analisa nacionalmente o resultado do Enem, a tendência se repete, mostrando que a disciplina é a base da educação. De acordo com a listagem elaborada pelo Centro Paula Souza (rede de 200 Escolas Técnicas e 51 Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo), a segunda melhor escola pública do país, é o Colégio Militar de Belo Horizonte, que obteve 715,80 pontos na média do exame. Ele só perde para o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, também em Minas Gerais, que ficou com média 726,42. E outros três colégios militares aparecem entre as dez melhores escolas públicas do país: o Colégio Militar de Campo Grande, com 700,99, em 7º lugar; o Colégio Militar de Juiz de Fora, com 695,87, em 8º lugar; e o Colégio Militar de Porto Alegre, com 693,69, em 10º lugar.
Entre as outras seis escolas públicas que ficaram entre as dez melhores, não há nenhuma da rede comum de ensino — ou são escolas técnicas ou são colégios de aplicação universitários. A terceira melhor escola é o Instituto de Aplicação Fernando da Silveira, com 714,51; a quarta é o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco, com 707,26; a quinta é a Escola Técnica de São Paulo, com 706,66; a sexta, é a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, do Rio de Janeiro, com 704,93; a nona é a Escola do Recife, da Universidade de Pernambuco (estadual), com 693,84 na média.

Quando se estende a análise para as 50 melhores escolas públicas, as escolas militares, juntamente com os colégios de aplicação e as escolas técnicas, voltam a monopolizar as melhores notas. Além das quatro escolas militares que se classificaram entre as dez melhores do país, o Colégio Militar do Rio de Janeiro aparece em 14º lugar, com 685,93; o Colégio Militar do Recife ficou em 22º lugar, com 677,42; o Colégio Militar de Curitiba é o 31º lugar com 667,36 e o Colégio Militar de Fortaleza ocupa 32ª posição com 665,41 na média. Ao todo são oito escolas militares entre as 50 melhores escolas públicas do país.
Discriminação
Pode parecer pouco, mas não é. Os colégios militares praticamente representam as redes públicas estaduais de ensino entre as melhores escolas do país. Por incrível que pareça a única escola pública comum — que não é técnica, nem militar, nem federal — a aparecer entre as 50 melhores do país é justamente a Escola Municipal Castro Alves, de Posse. Essa escola goiana merece um estudo de caso por parte de pesquisadores e autoridades, pois se trata de uma incrível exceção à regra. Todas as outras 49 melhores escolas públicas do País ou pertencem às universidades, ou são escolas técnicas, ou são escolas militares. Não há lugar para escolas estaduais e municipais comuns quando o assunto é a qualidade do ensino.

Mesmo quando se analisa o resultado do Enem apenas no Estado de São Paulo (o Estado mais rico da Federação, com municípios também muito ricos), essa realidade salta aos olhos, até com mais força. Na lista das 50 melhores escolas públicas paulistas, não há uma só escola da rede pública comum: 43 são escolas técnicas estaduais, duas são escolas técnicas municipais, uma é escola técnica federal e as outras quatro são escolas técnicas de universidades (USP, Unicamp e Unesp). Parece que o ensino só tem futuro quando se alia à disciplina da farda, representada pelas escolas militares, ou à disciplina do trabalho, representada pelo ensino profissionalizante das escolas técnicas.

Se há uma conclusão que se pode extrair do Enem é que a rede pública comum de ensino não tem conserto caso continue no ritmo em que se encontra hoje — obrigada a engolir todos os tipos de aluno e a não exigir nada deles. Ou se resgata ao menos a disciplina nas escolas públicas comuns, ou não há a menor chance de que elas venham a se destacar em avaliações como Ideb ou Enem. E não basta exigir do diretor que salve a escola com sua gestão (novo modismo criado pelas autoridades pedagógicas); é preciso resgatar valores como mérito e disciplina, que não foram apenas esquecidos nas escolas públicas – foram simplesmente proibidos.

Para a pedagogia paulo-freiriana que infesta as universidades brasileiras, meritocracia é discriminação e disciplina é autoritarismo. Mas não há dúvida que as melhores notas no Enem decorrem desses dois fatores. As melhores escolas são justamente as que selecionam seus alunos (o que que significa valorizar o mérito) e cobram deles responsabilidade com o próprio aprendizado (o que exige disciplina). O que coloca as escolas públicas comuns em desvantagem, reconheço, pois elas não podem selecionar alunos – como fazem a maioria dos colégios de aplicação, das escolas técnicas e das escolas militares do país.
Insanidade acadêmica

Nas reportagens sobre o Enem que saíram na imprensa brasileira, inclusive na imprensa goiana, os especialistas limitam-se a afirmar que não se pode comparar o desempenho das escolas públicas com as escolas privadas, porque nas escolas públicas, dada a universalidade do ensino determinada por lei, não é possível fazer seleção de aluno. Com isso, a desvantagem da escola pública já começa no ponto de partida, quando ela forma seu corpo discente e, depois, também não pode dispensar os piores. E, para completar, dizem os especialistas, as escolas privadas falseiam os resultados do Enem, mandando fazer o exame apenas os seus melhores alunos, com o objetivo de garantir médias altas.

Entre os especialistas ouvidos pela citada reportagem do jornal “O Popular” está o pedagogo João Ferreira de Oliveira, professor associado da Faculdade de Educação da UFG e doutor em educação pela USP, com pós-doutorado na mesma instituição. Ele critica a comparação entre escolas públicas e privadas com uma procedente argumentação sociológica: “Estamos falando de 85% de alunos do ensino médio com faixa de rendimento e outros indicadores muito abaixo dos outros 15% que estão matriculados nas escolas privadas. Este contingente estuda em escolas que não oferecem as mesmas estruturas que a particular oferece; tem pais com baixa escolarização e não tem acesso a bens culturais nem a atividades extracurriculares e ainda trabalham no contraturno. Portanto, é um equívoco pensar em comparar os desempenhos de uma e outra”.

O que fazer, então, diante desse quadro? O professor não diz. E sua colega de Faculdade de Educação, a professora Geovana Reis, mestre em educação pela própria UFG, também não diz. Ela reitera as diferenças socioculturais entre os alunos das redes privada e pública, lembra que a escola pública não pode selecionar aluno no seu ingresso e aponta o estratagema das escolas privadas para se saírem bem no exame: “Algumas situações, como a seleção de alunos com desempenho acima da média para responder as provas, podem falsear os resultados e oferecer um diagnóstico equivocado deste ensino”. E, taxativamente, sustenta: “É uma insanidade comparar essas realidades”.

Ora, se é uma insanidade comparar escola pública com escola privada (e, em parte, é), também é insano cobrar do professor da rede pública que ele faça milagre, ensinando com eficácia alunos muitas vezes incapazes de aprender. Mas é justamente essa cobrança insana o que as universidades mais sabem fazer. Em praticamente todas as suas pesquisas acadêmicas, elas cobram o impossível da rede básica de ensino. No artigo “Escola pública: vítima indefesa das universidades” (publicado no Jornal Opção de 21 de agosto), em que analiso a proposta de se colocar o Ideb na porta das escolas, demonstro que a universidade joga toda a responsabilidade pelo aprendizado do aluno sobre os ombros do mestre do ensino básico, defendendo uma tresloucada “escola inclusiva” em que o vilipendiado professor da rede pública é obrigado a transformar trombadinhas em sacristãos e deficientes mentais em cidadãos autônomos.
Currículo excessivo

E, quando se trata do ensino médio, o fosso entre escolas públicas e privadas tende a ser ainda maior. Se no ensino básico, como o próprio nome diz, trata-se de ensinar o que é comum para todos, no ensino médio a escola já se defronta com exigências sociais mais complexas, como preparar o adolescente para a universidade ou para uma profissão. Nesse caso, disciplina é fundamental, mas não basta. A escola precisa de estrutura, sobretudo para o ensino de ciências, que tende a ser improdutivo se ficar no cuspe-e-giz. Talvez por isso, as piores notas do Enem são justamente nas provas de ciências da natureza, especialmente nas escolas públicas comuns (nem técnicas, nem de universidades), onde os laboratórios são quase inexistentes.

E a escola pública fica ainda mais prejudicada porque o ensino médio brasileiro é enciclopédico, com uma profusão de disciplinas complexas e inúteis. É o que reconhece a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro, com a autoridade de quem foi responsável pela criação do Enem, quando presidiu o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep) de janeiro de 1995 a abril de 2002, durante o governo Fernando Henrique. Numa entrevista concedida a Alexandre Machado, no programa “Começando o Dia”, da Rádio Cultura FM de São Paulo, na terça-feira, 13, ela defendeu uma reforma do ensino médio, afirmando que seu currículo é “pesado”, “muito fragmentado” e “sem sentido”.

Maria Helena Guimarães criticou acertadamente a utopia de um ensino médio igual para todos e lembrou que, durante a gestão de Paulo Renato de Souza no Ministério da Educação, havia a perspectiva de se reformular radicalmente o ensino médio, interrompida com a eleição de Lula em 2002. A meta era reduzir o número excessivo de disciplinas do secundário e criar uma grade básica para todos os alunos, mas permitindo que eles escolhem as demais disciplinas com base nos objetivos que tivessem em mente, como uma faculdade ou o mercado de trabalho. Segundo a ex-presidente do Inep, a maioria dos sistemas de ensino do mundo tem cerca de metade de disciplinas existentes no ensino médio brasileiro.

Na entrevista, a ex-presidente do Inep afirmou, textualmente, que “as próprias universidades não têm participado ativamente desse debate e são mais ou menos distantes”. Foi seu grave erro de avaliação na entrevista. As universidades jamais foram omissas nessa questão. Até por uma questão legal, tudo o que ocorre no ensino básico e no ensino médio – eu disse: tudo – está sob a influência direta da universidade. É ela que forma professores e gestores; que elabora as leis educacionais; que implanta as políticas públicas de educação; que define as Diretrizes Curriculares Nacionais. E, como se não bastasse, ainda produz uma profusão de pesquisas sobre temas prementes do ensino básico, inclusive sobre o Enem, Ideb, Prova Brasil e outros indicadores de qualidade do ensino.
Mito da escola única

O problema (e isso a ex-presidente do Inep não diz claramente) é que a ciência produzida nas universidades brasileiras é fortemente contaminada por um viés ideológico de esquerda. É essa contaminação ideológica, com origem na universidade, que impede a educação brasileira de se desvencilhar do mito da “escola única”, preconizada por Lenin e ainda hoje cultivada por pedagogos como Moacyr Gadotti, principal discípulo de Paulo Freire. Se essa gente pudesse, acabaria, por decreto, com todo o ensino privado, em que pese o próprio Paulo Freire ter sido professor de universidade privada no Brasil, onde sua relação com os alunos era obviamente uma educação bancária – o alunos pagando mensalidades, o pedagogo vendendo utopia.

Se os especialistas não admitem que a escola pública seja comparada com a escola privada, devido às abissais diferenças entre o perfil econômico, cultural e social de seus alunos, qual seria a consequência lógica desta constatação? No mínimo, admitir que, enquanto persistirem essas diferenças, é impossível garantir ao aluno da escola pública o mesmo nível de ensino da escola privada. Era o que os velhos marxistas pensavam. Por isso, eles defendiam a revolução social antes da revolução pedagógica. Em sua tacanha visão mecanicista (ainda assim, menos tola do que a visão holística do marxismo atual, que se reflete no construtivismo pedagógico), os marxistas do passado viam a educação como uma corrida, em que os mais ricos saíam muito na frente e, por consequência, dificilmente eram alcançados pelos mais pobres.

Hoje, depois que a pedagogia brasileira tornou-se obcecada pela estranha mistura de Paulo Freire com Michel Foucault, a universidade resolveu começar a revolução socialista pelas próprias escolas e, para isso, ela precisa “empoderar” crianças, adolescentes e jovens – isto é, “dar poder” ao seu novo proletariado. Admitir que muitos alunos não aprendem por deficiência própria seria não apenas desperdiçar a chance de culpar por todas as mazelas sociais “o sistema que está aí”, mas, sobretudo, implicaria comprometer a possível flama revolucionária desse proletariado vicário. Para que o aluno possa ser transformado em massa de manobra da revolução socialista, é preciso dar a ele a ilusão de que é autônomo e que age movido por própria vontade e não pela canga ideológica que lhe impõem.

É o que se vê no próprio Enem, que não parece um exame para avaliar a qualidade do ensino e, sim, uma ficha de filiação partidária. O Enem é flagrantemente ideológico e obriga o aluno a ver o Brasil com os olhos da esquerda. Essa afirmação exige uma análise detalhada de suas provas – papel que caberia às universidades. Mas como elas não têm isenção ideológica para tanto, essa análise acaba recaindo sobre os ombros de uns poucos indivíduos independentes e não vou me furtar a essa tarefa num próximo artigo.

Já adianto que as provas de ciências humanas do Enem – complexas no método e na forma, mas vazias no conteúdo – praticamente obrigam o aluno a pensar como o MST, a acreditar que a mais grave doença atual é a homofobia e a reduzir a história do Brasil à luta de classes, em que uma burguesia sádica explora por prazer um proletariado idílico. Felizmente, a disciplina cognitiva e moral de muitos alunos conseguiu vencer uma ideologia disfarçada de ciência, que, mais do que atrapalhar o aprendizado, inviabiliza o próprio aprendiz.





(*) Fonte: http://www.jornalopcao.com.br/posts/reportagens/disciplina-vence-ideologia

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mais uma aparição de Nossa Senhora aprovada pela Igreja


Por decreto de Mons. Ricken, bispo de Green Bay (EUA), são consideradas dignas de crédito as aparições da Santíssima Virgem à irmã Adele Brise em 1859

Soror Adele Brise

Valdis Grinsteins
Muitos identificam os Estados Unidos com a tecnologia mais avançada do planeta. Palavras como internet, fax, raio laser, foguetes espaciais ou aviões invisíveis são normalmente relacionadas com aquele imenso país. Tudo quanto indique velocidade, rapidez, automatização, transmissão instantânea costuma estar associado à nação norte-americana. E foi justamente lá, onde a velocidade pareceria não ter limites, que em 8 de dezembro de 2010 se reconheceu como autêntica a primeira aparição mariana nos Estados Unidos... 151 anos depois do acontecimento.
Não será contraditório com o caráter da Igreja a morosidade dessa aprovação? Não é estranho que, logo no país onde tudo se faz rapidamente, a Igreja leve tanto tempo para determinar se foi autêntica ou não uma aparição? Não seria melhor não se pronunciar, devido ao risco de adversários da Igreja a qualificarem de arcaica, instituição de outros tempos, incapaz de se adaptar às velocidades contemporâneas?
Para horror dos adoradores da velocidade, podemos afirmar que a Igreja não tem pressa, porque ela possui a eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu. A um governo que dura cinco anos, ou a um homem que vive 80, cabe muito bem apressar-se em fazer o que deve. Mas a Igreja, com sua sabedoria de 2.000 anos, entende que cada obra tem seu tempo ideal para ser realizada, ou que chegou o momento de aprovar esta ou aquela aparição, trazendo à tona temas muito necessários aos dias atuais.
Voltas que dá uma vocação
Quando jovem, Adele Brise viveu na Bélgica, origem de sua família. Pertenceu a um grupo de fervorosas amigas, que tinham feito promessa de se tornarem religiosas. Mas em meados do século XIX seus pais decidiram emigrar da Bélgica rumo aos Estados Unidos, um país novo e meio desconhecido. Pior ainda, não iriam para uma cidade ou região já civilizada, mas se estabeleceriam no Wisconsin, então um local na fronteira entre a civilização e o desconhecido. Nem indícios de conventos havia por lá. Enquanto as amigas cumpriam a promessa, aos 24 anos ela obedeceu aos pais e partiu com seus familiares para o outro lado do mundo. Na região os imigrantes tendiam a ficar em fazendas muito distantes entre si; e devido à falta de igrejas, capelas ou escolas, iam perdendo a fé por falta de práticas religiosas.
Em outubro de 1859, Adele ia ao moinho levando um saco de grãos na cabeça, quando viu entre duas árvores uma Senhora vestida de branco. Assustada, não se moveu. A Senhora nada disse, e lentamente desapareceu, deixando uma nuvem branca no local. Adele terminou sua tarefa e retornou para casa, onde comentou com os pais o sucedido. Estes julgaram que talvez se tratasse de uma alma do Purgatório que necessitava de orações.
No domingo seguinte ela saiu para ir à missa, acompanhada de sua irmã e uma vizinha. A igreja ficava a 17 quilômetros de distância, e para lá chegar era necessário passar pelo mesmo local da aparição. Novamente Adele viu a Senhora de branco. Suas companheiras nada viram, mas ficaram impressionadas com o temor que notavam em Adele. Depois de algum tempo ela disse que a Senhora tinha desaparecido. Conversando sobre o assunto, concluíram novamente que seria uma alma do Purgatório.
Conselho do confessor
Soror Adele (círculo) com seus alunos

Após a missa, Adele se confessou com o Pe. Verhoef e narrou-lhe os dois episódios. O sacerdote disse-lhe para não ter medo, e que perguntasse à Senhora de branco o que desejava; se fosse uma mensageira de Deus, não lhe faria qualquer dano. No caminho de volta, no mesmo local, Adele viu novamente a Senhora, e desta vez notou que tinha uma fita amarela na cintura. Seguindo as indicações do confessor, perguntou: “Em nome de Deus, quem sois e o que desejais?”. E a Senhora lhe respondeu: “Sou a Rainha do Céu, que reza pela conversão dos pecadores, e desejo que faças o mesmo. Recebeste a Sagrada Comunhão hoje de manhã, e isso é bom. Mas tens que fazer mais ainda. Deves fazer uma confissão geral e oferecer a comunhão pela conversão dos pecadores. Se eles não se converterem e não fizerem penitência, meu Filho será obrigado a puni-los”.
Nesse momento as duas companheiras perguntaram a Adele com quem ela falava, pois não viam nada. Ela simplesmente lhes disse: “Ajoelhem-se, pois Ela diz ser a Rainha do Céu”. E as duas companheiras assim fizeram obedientemente, o que alegrou a Santíssima Virgem, pois disse: “Bem-aventurados os que acreditam sem ver”. E voltando-se para Adele, acrescentou: “Que fazes aqui parada, enquanto tuas companheiras trabalham na vinha de meu Filho?”. Era uma alusão direta ao fato de suas companheiras belgas terem cumprido a promessa de se tornarem religiosas, mas ela ainda permanecia como leiga. Ouvindo a reprovação de Nossa Senhora, ela se comoveu e perguntou:
— O que mais posso fazer, querida Senhora?
— Reúne as crianças deste país e mostra-lhes o que deveriam saber para se salvarem.
— Mas como lhes ensinarei, se eu mesma sei tão pouco?
— Ensina-lhes o catecismo, como fazer o sinal da cruz e como se aproximarem dos sacramentos; isso é o que desejo que faças. Vai e não tenhas medo. Eu te ajudarei.
Após este breve diálogo a Senhora levantou as mãos, como implorando uma bênção sobre aquelas que estavam a seus pés, e desapareceu lentamente.
Estimulada pela aparição, Adele começou a reunir as crianças e ensinar-lhes os princípios da fé católica. Em meio a numerosas provações, conseguiu construir uma escola para a finalidade, assim como congregou outras jovens para ajudá-la. Realizou também muitas peregrinações apostólicas para conclamar os pecadores à conversão. Nessa missão, ela chegava a caminhar mais de 80 quilômetros no meio de florestas, passando por todo tipo de perigos.
Finalmente em 1896, com a idade de 66 anos, Adele faleceu no cumprimento de sua vocação e foi enterrada na capela construída no local das aparições.
Relembrar verdades eternas
Voltamos aqui à questão de estarmos num momento adequado para se aprovar essas aparições e chamar a atenção sobre verdades elementares, que o progressismo e a atual decadência moral desejariam ver silenciadas.
No fundo, o que recomendou a Santíssima Virgem? O mesmo que a Igreja sempre ensinou: Que Deus deseja a conversão dos pecadores; que devemos trabalhar por isto; que devemos rezar e oferecer comunhões e sacrifícios nestas intenções; que se eles não se converterem, serão punidos; e que, se nos esforçarmos e perdermos o medo de atuar, conseguiremos muitíssimo em favor de nossos irmãos, com a confiança de que sempre Nossa Senhora nos ajudará.
Numa época em que as pessoas se esquecem da salvação da própria alma e vivem em função do dinheiro e dos prazeres, temos o dever de lembrar a todos que o verdadeiramente importante é a vida eterna, e que os sacramentos nos são indispensáveis para lá chegarmos. Pode haver melhor momento para alertar as almas sobre isso? Relembrando a propósito do reconhecimento dessa aparição o que nos dias de hoje é tão esquecido, mas que Ela sempre ensinou, a Igreja continua a exercer majestosamente sua obra providencial.

sábado, 17 de setembro de 2011

Aumentar carga horária escolar melhora a educação?Não!


O ministro Haddad quer aumentar a carga horária das escolas públicas pra melhorar o ensino público, ele tinha que melhorar os professores, isso não vai adiantar de nada!! E a greve dos IFFS os professores querem um reajuste absurdo e Dilma nem fala nada , o gov federal tem que acabar com essas greves agora é nos correios!


 


Que o PT e os políticos querem , ou melhor o que a esquerda quer é um povo burro, pois assim fica fácil pra eles fazerem o que bem entendem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Destruição da família, pressuposto para erradicação da civilização cristã

Autor: Paulo Roberto Campos

Fonte:Sou Conservador sim, e daí?

Na brilhante conferência proferida no dia 5 de setembro último, o Prof. David Magalhães, da Universidade de Coimbra, discorreu sobre as ameaças que a instituição familiar e o casamento tradicional veem sendo objeto desde a Antiguidade. 

Para poder se dirigir aos discípulos do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira no Brasil, o Prof. David Magalhães iniciou sua palestra afirmando que teve de esperar duas décadas... E explica o motivo:

"Plinio Corrêa de Oliveira foi, segundo palavras de pessoas de reconhecida autoridade, ‘O Cruzado do Século XX’. Isto diz tudo! Num século em que abundaram covardes, abundaram paganistas, abundaram materialistas, ser ‘o Cruzado do Século XX’... tem muito valor!

"Os valores defendidos pelo Prof. Plinio — a tradição, a família e a propriedade — são valores fundamentos de nossa Civilização. E eu, muito jovem, tive contacto com eles de uma forma inusitada. Estávamos em 1990. O mundo ainda não estava livre da besta soviética — estava moribunda, mas não tinha morrido. O povo lituano sofria os últimos estertores da besta moribunda. Os tanques do exército vermelho invadiam a Lituânia esmagando pessoas, esmagando a liberdade e a fé do povo lituano. Eu, apesar de ter apenas 10 anos, assistia pelo noticiário essa brutalidade.

"Num dia, estava eu num supermercado com meu avô — felizmente ainda vivo, com seus muito lúcidos 82 anos e que se lembra bem do episódio — e vejo uns rapazes altos, dignos, com uns estandartes. O que estavam eles a fazer? Estavam a promover um abaixo-assinado (organizado por Plinio Corrêa de Oliveira) para a independência da Lituânia, para ela se ver livre do jugo soviético! Fui falar com os rapazes e disse:

— Eu quero assinar!

— Não, não pode, você só tem 10 anos, é muito pequenino para assinar.

— Mas eu quero assinar, pois sei do que se trata – eu acompanho o assunto pelo telejornal.
"Não imaginam a paciência que o pobre rapaz teve que ter para me convencer que eu não podia assinar. Fiquei tão triste, mas tão triste, que tive que esperar até hoje, esperar 21 anos, para poder tentar dar alguma colaboração às idéias de Plinio Corrêa de Oliveira! Antes tarde do que nunca...".

A ocasião tão longamente esperada se deu no dia 5 de setembro de 2011, por ocasião de concorrido evento promovido pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira no Golden Tulip Paulista Plaza, prestigioso hotel da capital paulista. Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra com mestrado e doutorado em Ciências Jurídico-Históricas e cultor da História do Direito, o Prof. David Magalhães recebeu diversos prêmios acadêmicos em Portugal, é autor de vários livros, inclusive sobre a questão do chamado “casamento” homossexual, bem como articulista em importantes periódicos lusos.

A união entre pessoas do mesmo sexo foi sempre amparada por lei desde os primórdios da civilização? É o que afirma o movimento homossexual. É o que nega o ilustre conferencista. Mas este comprova sua tese e derruba os “argumentos” destituídos de provas do lobby homossexual, que se baseia tão-só em narrações e ficções literárias, e não na História. O Prof. Magalhães, especialista neste tema, demonstrou que NUNCA houve tal amparo legal ao “casamento” entre homens ou entre mulheres.

O palestrante comentou que o tema da noite — as ameaças ao casamento tradicional desde a Antiguidade — apesar de ser de índole histórica, é de suma atualidade: “Tais ameaças veem de muito longe, portanto, não é nada de novo. Assim, talvez não fosse mal estudarmos as gêneses dessas ameaças, vermos como outrora elas foram combatidas e tentarmos tirar lições para o presente. Sem as lições da história nunca poderemos saber de onde viemos e, portanto, não sabemos para onde vamos. A verdade é que, por incrível que pareça, muitas individualidades no meio acadêmico têm defendido que há um precedente histórico para ‘casamento’ entre pessoas do mesmo sexo. Por quê?”

Tal questão foi magistralmente respondida na conferência. Convido os leitores a ouvirem sua gravação na íntegra. O vídeo encontra-se disponível mais abaixo.

Mas apenas como “aperitivo”, segue um aperçu da importante exposição. Primeiramente, o Dr. David Magalhães ressaltou que muitos autores têm defendido que há precedentes históricos, desde a Roma Imperial, de casamento entre pares do mesmo sexo com amparo da lei então vigente. E que o principal defensor dessa teoria foi John Boswell, historiador norte-americano, que passou boa parte de sua vida tentando encontrar justificativas históricas para a homossexualidade, especialmente para o “matrimônio” entre homens. Por exemplo, ao afirmar que já era alusão a um “matrimônio” quando Cícero se refere a Marco Antonio como tendo sido tirado da prostituição e entregue a um romano chamado Cúrio. Mas historiadores sérios veem nesta afirmação não uma confirmação de “casamento”, mas que Cícero visava denegrir Marco Antonio — eles se odiavam —, insinuando que este subia na escala social de forma ilegítima. Isto num contexto de evidente acidez e sarcasmo.

O palestrante exemplificou com vários episódios da Antiguidade, aproveitados por apologistas do homossexualismo na tentativa de dar crédito às suas teorias, mas que não passam de sofismas a fim de “comprovar” a existência legalizada de matrimônio homossexual. São meras referências a núpcias, dotes, uniões, noivos, véus etc., que, entretanto, eram apenas termos empregados em relatos literários como figuras de linguagem, mimetismo ou simples farsas. Por outro lado, o conferencista leu documentos mostrando justamente o contrário. Por exemplo, o Codex Theodosianus [Código de Teodósio (9,7,3) — uma compilação das leis do Império Romano], referindo-se à constituição de 342, que proibia aos homens, sob pena de morte, de se casarem como se fossem mulheres.

Com essas meras referências literárias não se pode concluir que tenha havido no Direito Romano qualquer fundamento para admitir o “casamento” homossexual. O que se conclui é que as fontes jurídicas são contrárias a tais práticas antinaturais. As definições de matrimônio presentes no Direito Romano são taxativas no sentido da união do homem e da mulher. Nas Instituições de Justiniano (I.1,9,1) [manual elementar do ensino dos estudantes de Direito] definia o casamento como a união do homem e da mulher com intenção de viver em comunidade indissolúvel.

O jovem mestre de Coimbra — considerado autoridade no campo do Direito — enfatizou que desde os tempos imperiais não têm valor os “argumentos” de que as cerimônias descritas de modo metafórico fossem “casamentos” homossexuais: “Ora, se, na época clássica, textos jurídicos definem expressamente o matrimônio como a união entre homem e mulher, não parece que subsista o argumento de que aquelas cerimônias descritas em fontes literárias cronologicamente próximas eram matrimônios juridicamente reconhecidos”.

Outras fontes do Direito Romano clássico, citadas na conferência, comprovam justamente o oposto: somente a união entre um homem e uma mulher era considerada casamento. E que isso requeria três condições: 1º) Matrimonium: os nubentes tinham que ter capacidade natural, atingido a puberdade — não se podendo procriar, não há matrimônio; 2º) Afectio maritalis (Afeição conjugal): o acordo de vontade, o consentimento dos cônjuges de viver como marido e mulher com vistas à procriação de filhos legítimos; 3º) Conubium (Conúbio): o direito de casar-se legalmente.

Até mesmo “a própria figura do concubinatus (concubinato) assenta, já na época clássica, na união entre homem e mulher, embora sem a presença de affectio maritalis. Deste modo, dificilmente se poderia vislumbrar o reconhecimento de ‘casamentos’ entre homens no direito romano clássico (como os que são descritos nas fontes literárias), pois, mesmo quanto ao mero concubinatus, os textos jurídicos pressupõem sempre uniões heterossexuais — o que seria de estranhar se o “matrimônio” homossexual fosse reconhecido”.

Após deixar por terra todos os “argumentos” tentando dar legitimação histórica ao pseudo-matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, o Dr. David Magalhaes concluiu esta parte de sua exposição mostrando que, contrariamente às fontes literárias, as fontes jurídicas, notadamente o Direito Romano, não dão qualquer respaldo à legitimação histórica do “casamento” entre homens — apesar da existência de antinaturais práticas homossexuais no Império Romano decadente — “a noção de matrimonium e a sua disciplina no Direito Romano não oferecem incertezas a respeito do carácter heterossexual das uniões reconhecidas”.

Na segunda parte da conferência, o Prof. Magalhães tratou de como movimentos pró-homossexualidade estão procedendo em alguns países. Foi objeto de sua especial atenção o problema no Brasil, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (em 5 de maio deste ano) equiparando a “união estável”, de pessoas do mesmo sexo, a uma “entidade familiar”. Decisão qualificada por ele como um meio de rebaixar o matrimônio normalmente constituído segundo a ordem natural. Mostrou também que a Constituição brasileira (conforme o § 3º do art. 226 que prescreve: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”), assim como nosso Código Civil (art. 1.723) são claros e taxativamente estabelecem que a família só pode ser formada pela união de um homem com uma mulher, justamente para não pairar dúvidas de que família fosse qualquer “união estável”.

O conferencista afirmou ainda que o conceito de casamento não pode ser alterado por via interpretativa, como quiseram alguns juizes após aquela decisão do STF. E aduziu: “Qualquer tentativa de reconhecimento do ‘casamento’ homossexual, por via judicial, não passará — há que dizê-lo — de uma pura usurpação de funções legislativas, com a concomitante violação do princípio da separação de poderes”. O contrário seria infringir a lei fundamental, seria ignorar a tradição jurídica milenar, legada pelo Direito Romano e recebida pela nossa Civilização.

“Considerar que, onde se estabelece o homem e a mulher, se deve ler o homem e o homem ou a mulher e a mulher, ultrapassaria completamente o sentido gramatical possível do preceito, além de substituir a intenção do legislador ordinário pelo diametralmente oposto. Noutras palavras: ter-se-ia estabelecido uma disciplina genérica contrária à da lei ordinária e o STF arvorara-se em legislador positivo”.
À esquerda, o Dr. Ibsen Noronha, professor de História do Direito em Coimbra, que apresentou o conferencista
Para dar ao leitor o “sabor” da brilhante exposição de argumentos contrários aos defensores da figura do casamento entre pessoas do mesmo sexo e daqueles que tentam encontrar precedentes históricos neste sentido, retornando incoerentemente aos tempos do paganismo e/ou indo além do paganismo, transcrevo textualmente suas palavras finais:

“Podemos afirmar sem rebuços que não há precedentes históricos de reconhecimento de ‘casamentos’ homossexuais. Nem uma única fonte jurídica pode ser invocada nesse sentido.

“A união entre homem e mulher surge como a única que sustenta o conceito jurídico de casamento que nos foi legado e que se consagrou nos sistemas jurídicos ocidentais.

“Voltamos, porém, ao ponto de partida (que se torna também um porto de chegada): verifica-se uma tendência de defesa de práticas e pensamentos caracteristicamente pagãos, que se revela tão forte e consistente que não pode ser vista como acidental ou isolada.

“Nada que Plinio Corrêa de Oliveira, em tantos escritos ao longo de décadas, não tivesse apontado com proficiência e lucidez. São inúmeros os seus trabalhos em que é identificada a subtil, mas contínua, propagação do paganismo no Ocidente. Desde a denúncia da brutalidade do paganismo nazi até à melíflua paganização social a que se assistiu durante o século XX. A propósito não é possível não citá-lo numa passagem de um artigo publicado no Catolicismo Nº 68, em agosto de 1956, com o seguinte título: ‘O princípio da gradualidade, regra ardilosa do progresso do mal’.

“‘Desejamos hoje pôr em evidência um dos princípios mais essenciais do triste roteiro seguido pelo Ocidente, partindo de suas tradições culturais e sociais cristãs, para o paganismo total, do qual já se acha tão próximo. Trata-se do princípio que chamaríamos da ‘gradualidade’. A corrupção, em sua longa marcha vitoriosa não fez saltos. Pelo contrário, soube progredir por etapas tão insensíveis que ninguém, ao longo da trajetória, prestava atenção ao deslizar das idéias, dos costumes e das modas. E com isto o caminho percorrido docilmente pela humanidade foi imenso...’. “Temos a certeza que o Autor destas palavras teria gostado que elas não fossem tão proféticas...

“Insatisfeitos pela sua estrondosa derrota política e econômica, os derrotados tentam agora continuar no plano sócio-cultural (embora não só) a batalha contra a civilização cristã ocidental, visando destruir as suas bases éticas e convivenciais.

“A alternativa que apresentam é a reposição da vivência pagã ou, até, daquilo que nem nos tempos do paganismo se legitimou. E já não de forma gradual, mas crescentemente agressiva e arrogante.

“Este é o desafio humano do nosso tempo: de um lado, o relativismo conducente ao paganismo, com a morte de inocentes, a dissolução da família e a transformação da criança em objeto de projetos egoístas; do outro, a civilização ocidental, inapelável e geneticamente baseada no cristianismo, com o homem como filho do Altíssimo e, por isso, respeitado e portador de irredutível dignidade.

“O Direito vai ter de refletir uma das alternativas. Não temos dúvidas de qual é a correta”.
Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, no encerramento do evento
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A seguir, aspectos do animado coquetel transcorrido após o evento.

No final, encontra-se disponível o vídeo da confêrencia do Prof. David Magalhães.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ ! 14 de setembro.


A devoção e o culto à Santa Cruz, na qual Cristo deu a sua vida por nós, remonta aos começos do cristianismo. Na Liturgia, aparece desde o século IV. A Igreja comemora hoje o resgate da Cruz do Senhor pelo imperador Heráclio, na sua vitória sobre os persas. Nos textos da Missa e da Liturgia das Horas, a Igreja canta com entusiasmo a Santa Cruz, pois foi o instrumento da nossa salvação; se a árvore a cuja sombra os nossos primeiros pais pecaram foi causa de perdição, a árvore da Cruz é origem da nossa salvação eterna.

Padre Lombardi: resposta da FSSPX deve ser rápida.

fonte: Fratres in Unum

Integristas: as propostas do Vaticano
Le Figaro | Tradução: Fratres in Unum.com – A Santa Sé propôs à Fraternidade integrista São Pio X um documento “doutrinal” a ser aceito rapidamente, condição prévia a uma “reconciliação eventual e desejada” com Roma, de acordo com um comunicado. O Padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, explicou à imprensa que “a solução mais provável” para a Fraternidade seria, em caso de acordo, que ela se tornasse uma “prelazia pessoal”  do Papa, como é, por exemplo, o Opus Dei.
Um encontro de duas horas e meia ocorreu à portas fechadas no Vaticano, entre o superior da Fraternidade, Dom Bernard Fellay, e o Cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, num “clima cordial e correto” , disse o Padre Lombardi. De acordo com o comunicado publicado ao fim deste encontro que conclui dois anos de negociações difíceis, a “Congregação para a Doutrina da Fé toma por base fundamental para a plena reconciliação com a Sé Apostólica a aceitação do Preâmbulo Doutrinal que foi entregue durante o encontro de quarta-feira”. “Durante a mesma reunião, foram propostos alguns elementos em vista de uma solução canônica para a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que seguiria a eventual e esperada reconciliação” , acrescentou a Santa Sé.
É neste quadro que uma “prelazia pessoal” poderia ser criada, preferivelmente a um “ordinariato” que tinha sido proposto em 2009 aos anglicanos dissidentes, explicou o Padre Lombardi. A resposta da Fraternidade deverá ser dada num prazo bastante rápido, podendo ir de um mês a alguns meses, disse ele. Dom Fellay, em contrapartida, não se encontrou com o Papa, que dava a audiência geral semanal perto do lugar da reunião, precisou ainda.

Rezemos pela FSSPX para que possa aceitar a proposta do papa.
Advogada Nossa, Rogai por nós!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

KIT-GAY II - DILMA ASSINA DECRETO

Parabéns Petralhas!

Um "Kit" que de educativo não tem nada e de imoral tem tudo!

Parabéns
ao povo Brasileiro pelos representantes que escolhem ! Lutemos contra
esse quite de pornografia homossexual que estam a todo custo tentando
implantar nas escolas ! ACORDA BRASIL!!
isso é resultado da nossa sociedade que só pensa e
ver tv "ficar" beber e fica adormecida com relação a política, a direita
tem que voltar, pois vamos sofrer lentamente os efeitos do socialismo pós
regime militar! Viva a contra-revolução viva os heróis da Vandéia ! QUANTA FALTA NOS FAZ UM PARTIDO SÉRIO DE DIREITA, COISA QUE NO BR NÃO EXISTE MAIS. LUTEMOS!





segunda-feira, 12 de setembro de 2011

12 de setembro dia do Santíssimo Nome de Maria!

12 de Setembro,dia do Santissimo Nome de Maria. "Deus Pai ajuntou todas as águas e chanou de Mar,reuniu tidas as Graçs e chamou de Maria"-S.Luiz G,Montford. "Nos Perigos, nas angústias,nas dúvidas, pense em Maria,Invoca a Maria" (S,Bernardo)