segunda-feira, 29 de março de 2010

A Semana Santa é ocasião não só apropriada, mas obrigatória para os católicos se recolherem e meditarem


Abaixo sege uma carto do diretor da Revista Catolicismo, eu do Pela Tradição desejo a todos os leitores e bem feitores e suas familías uma ótima Semana Santa e uma Feliz Páscoa !
Com as graças de Nosso Senhor Jesus Cristo !

Carta do Diretor

Diretor — Catolicismo / Março/2010 — Pág. 4

Caro leitor,

A Semana Santa é ocasião não só apropriada, mas obrigatória para os católicos se recolherem e meditarem sobre os mistérios da nossa Redenção. A segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que veio à Terra e se encarnou por obra do Espírito Santo no seio puríssimo da Virgem Maria, padece e se deixa crucificar para a nossa eterna salvação!

Quanto isso é infinitamente mais importante do que o crescimento do PIB ou um campeonato de futebol! E como é possível entender que se cuide cada vez menos desse acontecimento pinacular e transcendental na História da humanidade, para se preocupar com o meramente terreno e transitório?

Durante a agonia no Horto das Oliveiras, Nosso Senhor previu os sofrimentos da Paixão e os que Lhe seriam infligidos pela ingratidão dos homens até o fim do mundo. E tal foi sua dor, que um anjo teve de vir para confortá-Lo.

O que Lhe provocava maior sofrimento? Por certo o pecado, fruto de toda desordem tanto no plano individual quanto coletivo. E nosso Salvador conhecia de antemão como os homens reagiriam ao seu sublime holocausto. Donde sua pergunta lancinante: “Quæ utilitas in sanguine meo?” (Que utilidade houve no meu sangue?).

Ele, no entanto, dispôs-se a derramá-lo até a última gota. E sabia que sua Mãe Santíssima, nossa co-redentora, consentia nesse holocausto, pois compreendia que dele dependia a salvação do mundo, e essa era a vontade de Deus. Nesse passo inaugural de sua dolorosa Paixão, portanto, Nosso Senhor padeceu por todos nós.

Com sua onisciência divina, conhecia também que em dado momento histórico seria decretado na Terra de Santa Cruz o III Programa Nacional de Direitos Humanos — objeto de análise na presente edição — radicalmente oposto aos Mandamentos divinos e à Lei natural. E sofreu também por essa ofensa.

Na medida em que esse sombrio Programa for posto em execução pelos sucessivos governos, equivalerá a uma tentativa de deitar por terra no Brasil a obra da Redenção e os vestígios ainda existentes da civilização cristã em nossos dias.

A matéria de capa desta edição, comemorativa da Semana Santa, foi antecipada para o mês de março, uma vez que a Sexta-feita Santa ocorrerá logo no início de abril.

Desejo a todos uma boa leitura.

Em Jesus e Maria,
Paulo Corrêa de Brito Filho
Diretor
paulobrito@catolicismo.com.br

quarta-feira, 24 de março de 2010

4 Marcha pela Vida Contra o Aborto março 2010 Na Aurora de uma March for Live!!!


Com participação da Ação Jovem !

Do mesmo modo que uma criança tende a se desenvolver gradualmente, a 4 Marcha pela Vida contra o Aborto segue seus passos, fitando a March for Live Americana.


Está foi a impressão deixada pelos 4 mil participante contrário a descriminação do Aborto que prevê o Projeto de Lei 1135/91 e ao nefasto Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) assinado pelo Presidente Lula, no dia 22 de dezembro de 2009, na véspera do Natal, um plano contra a Família e a Vida.

E de se notar no slogan entoado na marcha: “1,2,3,4,5 mil, para salvar as nossas crianças nós paramos o Brasil!” a tremenda indignação a este hediondo PNDH-3.

Programa este em que a Vida humana e a Família ficam em um iminente dilema! Será que a Constituição Brasileira não cumprirá mais o seu papel em defesa da Vida Humana e da Família, célula Mater da Sociedade, aspectos estes vitais de uma constituição?

Diante desta iminência a Ação Jovem pela Terra de Santa Cruz participa mais uma vez nesta coalizão contra a matança dos inocentes, um brutal assassinato, com o perigo de se torna uma Lei iníqua.

A Ação Jovem marcou presença com sua faixa e colaboração a outras associações anti-abortistas bem como, Brasil Pela Vida e Nascer é um Direito.
Ajudando a distribuir cerca de 2.500 folhetos (Como transformar um crime em Lei) e 2.100 adesivos em apoio à marcha Contra o Aborto.

Esperamos sim que esta marcha sirva de exemplo para o resto do Brasil, oxalá que em todas as capitais ocorra concomitantemente este brado pela Vida, pela a Família e pelo nosso Brasil autenticamente Cristão!


Para conhecimento do que se trata o Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) aconselho ler um artigo da Revista Catolicismo edição nº 711 – março – ano 2010, como o titulo “Sob a máscara dos Direitos Humanos, uma nova religião sem Deus” de autoria do senhor Leo Daniele.


P.S.= Realizou-se, no dia 21 de março de 2010, com a participação de milhares de defensores da vida, a 4ª Marcha pela Vida contra o aborto, em São Paulo. O evento constou de uma passeata, que começou em frente à Câmara Municipal de São Paulo, e se dirigiu para a Praça da Sé, onde autoridades religiosas e civis, e representantes de algumas associações fizeram o uso da palavra. Onde a Ação Jovem marcou presença, atuando em defesa dos inocentes!


sábado, 20 de março de 2010

CUBANOS INVADEM CONSULADO BRASILEIRO EM MIAMI

Revolta em Miami que TODAS as TV`s do Brasil ignoraram...!!! Estranho não!
Alguem viu isso no Jornal Nacional ?????


Cubanos ocupam o consulado do Brasil em Miami em protesto contra a
cumplicidade de Lula ao regime cubano na morte do operário negro Orlando Zapata.
Vejam o filme que as TVs do Brasil não mostraram.

Vejam até o final e tirem suas próprias conclusões a respeito das verdadeiras intenções desse governo dito democrático. Ainda é ora dos verdadeiros brasileiros reagirem, antes que tenham que se refugiar em Miami também, para não serem torturados e executados no Paredón Brasileño, como o foram milhares de cubanos pelas mãos sujas e assassinas do eterno ditador Fidel, ídolo do governo petista..

http://www.youtube.com/watch?v=GlhlKKKXj5Q&feature=player_embedded#

sexta-feira, 19 de março de 2010

“A juventude não foi feita para o prazer, mas sim para o heroísmo!”


Este foi o brado entoado pelos 41 participantes, incluíndo eu, neste sexto Acampamento da Ação Jovem Pela Terra de Santa Cruz em prol de nossa juventude brasileira, tendo com objetivo revigorar na juventude o verdadeiro espírito que provinha da atmosfera do carnaval de outrora, um ambiente sério ao mesmo tempo estusiasmante, mas tendo como fundo a preparação para a quaresma!

Entre os dias 13, 14, 15 e 16 de fevereiro, a Ação Jovem mais uma vez promove um encontro, desta vez foi em uma fazenda Colonial do séc. XVIII localizada na cidade de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, que contou com a participação de 41 jovens de 5 Estados da Federação e do Distrito Federal, proveniente das mais distantes localidades, de Salvador no Nordeste, de Curitiba no Sul, de Brasília no Centro Oeste, de São Paulo no Sudeste entre muitas outras. Foram 4 dias de verdadeira formação intelectual, cultural e progresso espiritual.

A parte da manhã era dedicada às reuniões. O tema central foi à importância de entender a decadência do mundo moderno em todos os sentidos – nas leis, na cultura, nos costumes, etc. – e de tomar face diante dela, uma resolução. Uma das conferências tratou do processo de vulgarização em todos os aspectos da vida de hoje: o design dos carros, celulares, roupas, propagandas, etc., com base na doutrina da Revolução Tendencial, explicada no livro Revolução e Contra-Revolução do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira.

Ora, como do nada, nada sai, se alguém quer lutar contra os erros do mundo moderno, deve antes ser o contrário desses erros. Assim, foram dadas duas conferências sobre a virtude da castidade e os exemplos históricos de santos e almas de escol que preferiram às vezes a morte a se entregar ao vício. De outro lado, como lutar contra a Revolução, sem devoção à Santíssima Virgem e freqüência aos Sacramentos? Eis o tema de outra conferência.



Na parte da tarde, momentos de descontração como cavalgadas e jogos também fizeram parte do programa, tendo como destaque a Caça ao Tesouro, Jogo do Bastão e o Paint Ball e no entardecer, com uma brisa agradável, os jovens se reuniam para conversas e orações em pequenos grupos. Mais à noite, áudios-visuais e teatros fizeram do fim do dia o efeito do chantilly sobre o doce. Não esquecendo de uma noite de vigília aos pés da fogueira.













Uma visita inesperada, mas muito desejada, deu a todos grande alegria: A Imagem Milagrosa de Nossa Senhora de Fátima , Peregrina Internacional, esteve na Fazenda durante uma noite. Foi recebida em cortejo com tochas, desde o portão da fazenda até a sede. À medida que passava, era saudada com fogos de artifício. Tendo sido entronizada no salão principal, cantamos todos o oficio em sua honra, e depois começou uma vigília que só terminou com sua saída ás 8 horas da manhã.
O que a todos mais impressionou foi que Nossa Senhora quis assim dar sua chancela ao Congresso, como o que dizendo: “Meus filhos, continuem, Eu os ajudarei!”

Na despedida, jogos ao estilo medieval à luz de tochas, e ao final um lauto banquete também à luz de tochas. E tudo se encerrou com um discurso, animando os jovens a lutar pelos ideais da Civilização Cristã em suas respectivas cidades, tanto contra as leis iníquas como a lei do aborto, quanto em defesa da família tradicional e da virtude da castidade.

Após o discurso, todos foram presenteados por uma belíssima estatueta de um cavaleiro cruzado, logo em seguida, uma bonita queima de fogos encerrou mais esse encontro da Ação Jovem pela Terra de Santa Cruz.

Suplico a Nossa Senhora de Fátima que derrame muitíssimas graças aqueles devotos Dela que se imolaram em ajuda este acampamento da Ação Jovem, sendo ele uma grande esperança a nossa juventude, em dias que tanto desola nosso Bom Deus e nossa Mãe Santíssima.

Jovens, até o próximo acampamento!

Em Jesus e Maria

Márcio Coutinho

domingo, 14 de março de 2010

Filme blásfemo

EM DEFESA DE NOSSO SENHOR

Repassando.

Olá pessoal,
O filme intitulado 'Corpus Christis' (O Corpo de Cristo), que vai sair em breve na América do Norte, mostra Nosso Senhor Jesus Cristo mantendo relações homossexuais com os seus discípulos. A versão teatral já se apresentou. É uma paródia repugnante de Nosso Senhor. Uma ação concentrada da nossa parte poderia mudar as coisas.

Lutemos contra este ultrage!!

Texto completo : Pense Nisso

Pense nisso!

Por que acontecem tantas catástrofes seguidas?

Haiti, Estados Unidos, Chile, Japão, Ilha da Madeira, França,Taiwan, Brasil...

Para quem não tem fé: coisas da natureza, culpa dos estragos causados ao meio ambiente, é normal que isso aconteça.

Mas para quem tem fé, conhece as advertências que Nossa Senhora fez em Fátima há quase um século e sabe que Ela não foi ouvida, a explicação é bem outra.

Quando Nossa Senhora, após ter vindo à Terra 5 vezes, apareceu pela 6ª. e última vez em outubro de 1917, não havia lei aprovando o aborto no mundo cristão. Aborto! Nem falar; era inimaginável. Para falar só desse tema.

Atualmente quase não há país cristão onde o aborto não seja praticado de forma aberta. Um pecado que brada aos céus e clama a Deus por vingança!

E quantos outros pecados gravíssimos estão sendo praticados! Estão aí, escandalosamente à mostra.

Lembremo-nos que Nossa Senhora de Fátima ameaçou com um terrível castigo, caso a humanidade não se convertesse. E a humanidade preferiu distanciar-se cada vez mais de Deus.

Logo, analisando essas catástrofes, cada vez mais numerosas e horrorosas, para nós católicos, se põe a pergunta: Deus não estará começando a punir os homens?

De vários lugares já começam a haver referências a esta idéia. São as consciências mais retas, que percebem o quanto Deus tem motivos aqui suficientes para exercer sua Divina Justiça.

Felizes os que aceitarem, se arrependerem e se converterem. Infelizes os que se negarem a essas considerações.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Papa denuncia violência na Nigéria


CIDADE DO VATICANO (AFP) - O Papa Bento XVI denunciou nesta quarta-feira "a atroz violência que ensanguenta a Nigéria" e que não perdoa "sequer as crianças indefesas", após os massacres de cristãos no fim de semana passado na localidade de Jos.

"Minha mais sentida condolência às vítimas da atroz violência que ensanguenta a Nigéria e não poupa nem sequer as criançass indefesas", declarou o Papa durante a audiência geral no Vaticano.

O Pontífice condenou "a violência que não resolve os conflitos e que aumenta as consequências trágicas" e pediu aos dirigentes civis e religiosos que "garantam a segurança e a coexistência pacífica de toda a população".

O chefe da Igreja Católica manifestou "proximidade com os religiosos e fiéis nigerianos para que, unidos na esperança, sejam autênticos testemunhas de reconciliação".

O chefe de polícia do estado de Plateau afirmou nesta quarta-feira que o massacre étnico-religioso do fim de semana passado em Jos, região central da Nigéria, deixou 109 mortos.

Ele qualificou de falsos os balanços divulgados por funcionários do governo que registravam 500 vítimas fatais.

Ikechukwu Aduba, chefe de polícia de Plateau, afirmou ainda que 49 pessoas da etnia muçulmana fulani serão indiciadas pela matança, que teve como vítimas criadores de gado cristãos.

"O balanço de vítimas é de 109. É um número real e indiscutível", afirmou Aduba em uma entrevista coletiva.

terça-feira, 9 de março de 2010

Amor sem limites à Cátedra de São Pedro


A Igreja comemorou no dia 22 de fevereiro a festa da Cátedra de São Pedro. A propósito de tão memorável data, segue a transcrição de um comentário do Prof. Plinio, em conferência de 17-1-1966.

Plinio Corrêa de Oliveira

É por um desígnio soberano de Deus que a cidade de Roma foi escolhida para ser a cidade do Papa. Era uma cidade estratégica, onde o benefício da salvação podia tornar-se mais geralmente conhecido. Daí vem a celebração da Cátedra, que se trata de venerar. Posta no ponto nevrálgico e no centro de influência do mundo, a Cátedra “inoculou” a regeneração católica, a verdadeira fé, e disseminou a Igreja.

Quando se fala de Cátedra de São Pedro, alude-se naturalmente ao móvel que constitui essa cátedra. Na Igreja de São Pedro há uma cátedra de bronze, feita por Bernini. Dentro encontra-se o pequeno trono de madeira que São Pedro usava em Roma, e que até hoje se conserva para veneração dos fiéis.

Simbolicamente, cátedra lembra poder, instituição, Papado, Pontificado. Recorda a continuidade dessa instituição mantida por tantos homens, tão diferentes, que a têm ocupado. Lembra o supremo governo da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, lembra a cabeça da Igreja. Se as vicissitudes humanas podem dar-lhe brilho maior ou menor, ou até rodeá-la de trevas, essa Cátedra é sempre a mesma. E o supremo governo da Igreja é a sua Cabeça, que sobretudo deve ser amada quando se ama a Igreja.

Portanto, nosso amor à Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana — que é um amor absolutamente sem limites e acima de todas as coisas da Terra — deve incidir especialmente sobre o Papado e a Cátedra de São Pedro, qualquer que seja o seu ocupante. Porque esse é Pedro — a quem foram dadas as chaves dourada e prateada (símbolos do poder espiritual e temporal) — a quem nós, em espírito, osculamos os pés, como expressão de homenagem e de adesão, porque em relação à Cátedra de São Pedro nosso amor, nossa obediência e veneração, absolutamente não têm limites. Eis o que é especialmente conveniente acentuar sobre a Cátedra de São Pedro.




fonte:Revista Catolicismo

quinta-feira, 4 de março de 2010

Pense nisso

PENSE NISSO!
POR QUE ACONTECEM TANTAS CATÁSTROFES SEGUIDAS?
Haiti, , Chile, Japão, Ilha da Madeira, França,Taiwan.
Para quem tem fé, conhece as advertências que Nossa Senhora fez em Fátima há quase um século e sabe que Ela não foi ouvida, a explicação é bem outra.
Quando Nossa Senhora, apareceu pela 6ª. e última vez em outubro de 1917, não havia lei aprovando o aborto no mundo cristão. Aborto! Nem falar; era inimaginável. Atualmente quase não há país cristão onde o aborto não seja praticado de forma aberta. Um pecado que brada aos céus e clama a Deus por vingança!
E quantos outros pecados gravíssimos estão sendo praticados! Lembremo-nos que Nossa Senhora de Fátima ameaçou com um terrível castigo, caso a humanidade não se convertesse. E a humanidade deu as costas.
Deus não estará começando a punir os homens?
De vários lugares já começam a haver referências a esta idéia. Felizes os que aceitarem, se arrependerem e se converterem. Infelizes os que se negarem a essas considerações.

Lutemos por Maria! Deus o quer !!!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Fim do direito de propriedade e da livre iniciativa?

O Plano de Direitos Humanos do governo Lula prepara no campo uma coletivização sem precedentes, um engessamento da produção, a destruição do agronegócio e do instituto da propriedade privada

No dia 21 de dezembro de 2009, quando todas as atenções se voltavam para as comemorações do Natal e da passagem de ano, o presidente Lula assinava — sem ler, segundo declarou —, acompanhado por 21 ministros, o decreto 7037/2009, que aprova o “Plano Nacional de Direitos Humanos” (PNDH-3).

As primeiras notícias a respeito davam conta de que esse decreto, pelo menos em grande parte de seu conteúdo, abre caminho para uma revisão unilateral da Lei da Anistia e põe na berlinda os militares que participaram da Revolução de 1964.

Porém uma leitura mais atenta do decreto, sobretudo de seu anexo, deixa ver uma realidade assustadora. Trata-se de um plano que, em seu conjunto, visa à demolição de princípios básicos de nossa civilização ocidental e cristã. O decreto chegou a ser qualificado de golpe branco ou revisão da Constituição, e alguns o denominam Constituição do Lula!

Qual o alcance que esse assustador ato do Executivo pode ter na produção agrícola nacional?

Para responder a esta e outras perguntas, é preciso começar por conhecer a real situação do campo brasileiro.

Catolicismo entrevistou um profundo conhecedor do assunto, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, trineto de Dom Pedro II, bisneto da Princesa Isabel, Príncipe Imperial do Brasil. Como Príncipe católico, ele cumpre sua missão histórica de zelar pelas instituições cristãs de nossa Pátria, junto com seu irmão Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, ao qual segue na linha de sucessão.

Dom Bertrand percorre anualmente dezenas de cidades brasileiras, participando de eventos, fazendo conferências, dando entrevistas. Na qualidade de coordenador nacional do Movimento Paz no Campo, vem atuando no setor agropecuário do País, especialmente na defesa da propriedade privada e da livre iniciativa — princípios fundamentais da civilização cristã.

* * *

Catolicismo — Como pode ser definida a missão do Movimento Paz no Campo?

Dom Bertrand — O movimento tem por missão, em primeiro lugar, denunciar o conúbio das esquerdas contra a propriedade no campo, sobretudo da esquerda católica — CPT (Comissão Pastoral da Terra), CIMI (Conselho Indigenista Missionário), CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) — com movimentos ditos sociais, como o MST e congêneres, quilombolas, indigenistas, ambientalistas e inumeráveis ONGs que seguem essa orientação. Em segundo lugar, procura tornar patente à opinião pública nacional — que se revela majoritariamente centrista e conservadora — quais são os métodos e metas dos inimigos da agropecuária e do agronegócio. Em terceiro lugar, sugere coalizões com as forças vivas da Nação que reconhecem, em seus respectivos âmbitos de atuação, que o atual problema do campo é fundamentalmente ideológico. Pois o que está em jogo é a tentativa esquerdista de golpear a propriedade privada e a livre iniciativa no País e implantar um regime socialista. Ou seja, uma utopia repleta de “sonhos” irrealizáveis, apresentados pelos detentores do poder à opinião pública como benévolos, mas que se revelam sanguinários, antinaturais e destruidores de todo valor civilizatório, especialmente da civilização cristã. Os socialistas, mesmo quando não utilizam métodos terroristas, governam com mão-de-ferro.

Em toda nossa atuação, seguimos a senda do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, que iniciou há mais de 50 anos esta batalha monumental, pacífica e legal em que hoje continuamos envolvidos, dando prosseguimento ao seu denodado esforço contra a Reforma Agrária socialista e confiscatória.

Catolicismo — A referência ao Prof. Plinio faz-nos lembrar que a reedição do livro Tribalismo Indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil do século XXI, mereceu do ministro Marco Aurélio Mello, em seu voto no STF contrário à demarcação contínua das terras da Raposa Serra do Sol, o qualificativo de profético. Dom Bertrand poderia explicar melhor por que essa obra é considerada profética?

Dom Bertrand — É impressionante o fato de que, há mais de 30 anos, Dr. Plinio tenha previsto o estado atual da questão indígena. Ele denunciou que uma corrente missionária mostrava-se contrária à catequização e à civilização dos índios. Para essa corrente, os silvícolas deveriam manter o primitivismo de seus antepassados, considerando-os o tipo humano ideal para o terceiro milênio. O Bem-aventurado Anchieta e o Pe. Manoel da Nóbrega passaram a ser objeto de pesadas críticas.

Para exemplificar o caráter profético do livro, transcrevo dele como exemplo esta frase: “A questão indígena é a espoleta de uma crise agrária no País”. Sabe-se hoje comprovadamente que as demarcações de terras ditas indígenas e a expulsão de milhares de famílias, sobretudo de pequenos agricultores, são obtidas por meio de laudos falsos ou pelo menos duvidosos. E por aí entendemos até onde vai o viés ideológico com que se provocam crises reais com agentes artificiais. Tanto mais que o prazo é exíguo para contestar as “fábricas de índios” autodeclarados, ou então a nova invenção dos antropólogos da Funai — os “povos ressurgidos”, nascidos nas cinzas de suas utopias.

Outras importantes citações: “A ‘missiologia atualizada’ é extremamente ciosa da propriedade coletiva das tribos de índios”; “Vivendo em regime comunitário, os índios não precisam da Igreja”. Estas e muitíssimas outras frases evidenciam as coincidências entre situações de hoje e as do livro, no entanto editado há mais de 30 anos.

As duas edições da obra esgotaram-se rapidamente. A atual reedição vem acompanhada de uma segunda parte, de autoria dos jornalistas Nelson Ramos Barretto e Paulo Henrique Chaves, que analisa a atualidade da ameaça indígena.

Catolicismo — Dom Bertrand tem falado muito sobre as ameaças que, como “espada de Dâmocles”, pairam sobre a cabeça do agricultor. Poderia explicitar tais ameaças?

Dom Bertrand — A política do atual Governo Federal golpeia fortemente o agronegócio, responsável entretanto por quase 40% de nosso PIB. Dominados por idéias socialistas e comunistas, os bem remunerados funcionários do Estado aparelharam a máquina estatal. E a partir desses postos decisivos destilam em decretos, portarias e outros expedientes administrativos toda sua aversão contra a propriedade privada e a livre iniciativa.

Na nossa atuação em vastíssima área do território nacional, constatamos várias ameaças aos proprietários rurais e aos empreendedores do agronegócio: ameaça do MST e da Reforma Agrária socialista e confiscatória; ameaça dos movimentos induzidos de negros e quilombolas; ameaças ambientalistas; ameaça de novos índices inatingíveis de produtividade agrícola; ameaça decorrente das mentiras relativas ao chamado “trabalho escravo”; ameaça de substituição do agronegócio pela “agricultura familiar”. O produtor rural está deixando de existir no campo, enquanto as terras recebem destinações que engessam ou impedem a produção. Mais de 70% do território nacional já não pode se utilizado para a produção agropecuária!

Nosso movimento Paz no Campo lançou nos dois últimos anos várias obras, cujas edições somam 25 mil exemplares, combatendo em todas essas frentes e denunciando a conjuração em curso. A revista Catolicismo nos tem dado ampla cobertura, apresentado abrangente análise dessas obras e da situação do campo.

Catolicismo — Como podem os leitores de Catolicismo tomar conhecimento das atividades de Paz no Campo?

Dom Bertrand — Usamos largamente a internet com o site www.paznocampo.org.br . Tenho meu blog http://www.paznocampo.org.br/Blog/Blog_db.asp. Recomendo ainda os blogs http://gpsdoagronegocio.blogspot.com e “Verde, nova cor do comunismo”: http://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com. Em todos estes espaços da Internet os leitores de Catolicismo podem acompanhar o dia-a-dia de nossa luta. Dispomos também do Boletim Eletrônico Sem medo da Verdade, atualmente com 30.000 destinatários, para o qual os interessados podem cadastrar-se no nosso site. Ele apresenta uma análise mais profunda de toda essa situação, difunde e promove nossas campanhas e transcreve as denúncias que a todo momento recebemos de proprietários rurais.

Nossas campanhas são ainda difundidas por caravanas de estudantes que percorrem o País; em entrevistas a rádios, jornais, revistas e TVs; participação em cerca de 50 eventos agropecuários por ano, com ampla distribuição de folhetos de esclarecimento. Também mantemos contatos com autoridades e produtores rurais em todo o Brasil.

Catolicismo — Como o produtor rural pode enfrentar tantas ameaças?

Dom Bertrand — O produtor rural é verdadeiramente um herói. Ele tem que produzir, e o faz com muita competência, mesmo tendo que enfrentar as intempéries, os entraves de financiamento, as dificuldades da venda, os problemas do mercado, tudo envolvendo atividades de alto risco. Em troca, o que ele recebe? Pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, é injuriado como “vigarista”; pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, é qualificado de “senhor feudal”; é amaldiçoado pelo bispo Dom Tomás Balduino da CPT; suas propriedades são freqüentemente invadidas pelo MST ou movimentos congêneres, com toda a conhecida violência desses organismos que, com toda impunidade, passam por cima das leis; ele pode ser expulso de suas terras, quando pessoas que se autodeclaram “quilombolas” afirmam gratuitamente que ali viviam seus antepassados; se tiver sorte, e suas terras escaparem desse cerco, poderão acabar sitiados em meio a reservas de terras de tribos indígenas ressurgidas; se sobreviver a tudo isso, terá que enfrentar as leis ambientais (perto de 16 mil disposições, segundo o ministro Reinhold Stephanes da Agricultura); é forçado a cuidar de sua reserva legal, proteger e replantar as matas ciliares, resguardar as áreas de proteção ambiental, sob pena de receber do Ibama pesadíssimas multas; é obrigado a fazer o georreferenciamento para o recadastramento de terras; etc, etc.

Os absurdos não param aí! Há também o risco de ser tachado de escravagista, devido ao mito do trabalho análogo ao do escravo, e ver seu nome incluído numa “lista suja” do Ministério do Trabalho, podendo ter sua terra confiscada para fins de Reforma Agrária.

Uma enxurrada de disposições trabalhistas, atos declaratórios, circulares, convenções, decretos, instruções normativas, leis complementares, medidas provisórias, normas regulamentadoras, notas técnicas, ordens de serviços, portarias, resoluções administrativas, resoluções normativas, resoluções recomendadas — tudo isso bem ao estilo totalitário ou ditatorial, regulamentando tudo sem nenhuma ligação com a realidade do nosso campo, onde as relações se desenvolvem com características pessoais e familiares, e não de acordo com a ideologia socialista.

A Constituição de 1988 estabeleceu ainda os Índices de Produtividade para o campo, outorgando ao Executivo um cheque em branco: o de revisar esses índices de tempos em tempos. Dois absurdos: primeiro a instituição desses índices; e segundo o deixá-los ao bel-prazer do Executivo. Quem não conseguir cumprir as exigências do índice terá sua terra declarada improdutiva e passível de desapropriação.

Sobre todas essas ameaças, recomendo a leitura das obras editadas por Paz no Campo. (vide quadro à p. XXX)

Catolicismo — O recém-promulgado Decreto 7037/2009, que aprova o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), pode agravar essa situação?

Dom Bertrand — Certamente. Cito apenas um exemplo. Hoje, caso uma propriedade seja invadida, o proprietário pode pedir a reintegração de posse, que geralmente é concedida. Mas com o tal plano, para a reintegração de posse participarão os movimentos sociais para analisar os “direitos humanos” envolvidos, e o juiz ficará sujeito à decisão dessa audiência. É fácil imaginar como crescerão o número de invasões e a desordem no campo!

Esse decreto, a revista VEJA de 13 de janeiro de 2010 (n° 2147) denomina “coisa de maluco”, e afirma que “ao longo de 73 páginas eivadas de vociferações ideológicas e ataques ao neoliberalismo e ao agronegócio, [...] extingue o direito de propriedade. E emula o sistema chavista” de consultas populares. Será para isso que o governo está reaparelhando o tridente do diabo — Ibama, Incra e Funai —, dobrando o número de funcionários? Parece uma conjuração em marcha!

fonte: Revista Catolicismo