Agência ANSA
ROMA - O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, afirmou que a sentença emitida pela Corte Europeia de Direitos Humanos contra a exposição de imagens religiosas em instituições de ensino é uma "ofensa à cultura" do povo italiano.
- Cria um problema ao povo italiano, e é também uma ofensa à sua cultura - comentou o prefeito, destacando que está seguro de que o governo italiano "promoverá todas as iniciativas para que a sentença seja revista".
Ontem, a Corte Europeia de Direitos Humanos anunciou que a Itália terá que pagar uma indenização por danos morais à italiana de origem finlandesa Soile Lautsi, que havia pedido à direção da escola onde estudam seus filhos a retirada de crucifixos e demais objetos religiosos das salas de aula.
O Tribunal entendeu que imagens religiosas em instituições de ensino constituem "uma violação dos pais em educar os filhos segundo as próprias convicções" e uma "violação à liberdade de religião dos alunos".
Já Roberto Dipiazza, prefeito de Trieste, cidade localizada na região de Friuli-Venezia Giulia, afirmou que enquanto ele estiver à frente do município, "nenhum crucifixo será removido de nenhuma escola pública, nem dos escritórios municipais".
- A retirada de nossos valores não pode ser adotada como forma de respeito aos seguidores de uma outra religião. Até prova em contrário, quem vier de fora deve se adequar às nossas regras e respeitar os símbolos da nossa fé - ratificou Dipiazza.
13:39 - 04/11/2009
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